Além de um país repleto de belezas naturais, a Nova Zelândia também possui um patrimônio cultural inestimável, e podemos provar. Na verdade, quem atesta isso é a Unesco, que selecionou três locais no país como patrimônios da humanidade: Parque Nacional de Tongariro, Te Wahipounamu e ilhas subantárticas da Nova Zelândia.
Esses locais foram selecionados porque reúnem verdadeiros tesouros da vida na terra, tanto exemplares raros – em alguns casos únicos – de fauna e flora, quanto formações rochosas que contam a história do local e de seus habitantes. A importância de cada um desses locais não apenas para os neozelandeses, mas para toda a humanidade reforça conceitos fundamentais da cultura maori, como tiaki, a responsabilidade de cuidar dos lugares e das pessoas.
Ao preservar sua história, sua cultura e sua terra, o povo maori favorece toda a humanidade. Em retribuição, mais do que apreciar cada uma dessas atrações ao visitá-las, é importante ter o mesmo respeito e cuidado. Afinal, também é com o objetivo de proteger esses lugares extremamente especiais que a Unesco os seleciona como patrimônios da humanidade.
Parque Nacional Tongariro
Considerado o primeiro parque nacional da Nova Zelândia e o quarto do mundo, o Parque Nacional Tongariro é reconhecido tanto por seu extraordinário significado cultural quanto por suas importantes características naturais. O parque, localizado na Ilha Norte, tem 80.000 hectares e reúne três vulcões – Ruapehu, Ngauruhoe e Tongariro – cuja atividade deu origem a lagos cor de esmeralda, correntes de lava antiga, crateras fumegantes, terraços de sílica coloridos e peculiares jardins alpinos, que tornam a paisagem única.
As montanhas no centro do Parque Nacional Tongariro têm um profundo significado cultural e religioso para o povo, simbolizando os laços espirituais entre a comunidade e seu meio ambiente. Entre as atrações, se destaca a trilha Tongariro Alpine Crossing que tem um percurso desafiador em meio à espetacular paisagem vulcânica. Ao longo do passeio, vale observar os diferentes tipos de vegetação, que revelam a idade das rochas vulcânicas.
Te Wahipounamu
Diferente de Tongariro, Te Wahipounamu não é um parque nacional, mas reúne vários deles, incluindo os famosos Aoraki/Mount Cook, Fiordland, Mount Aspiring e Westland. Com uma área de 26.000 quilômetros, a região, que fica na Ilha Sul, é composta por uma paisagem bastante diversa, incluindo florestas remotas, montanhas cobertas de neve, íngremes vales glaciais e fiordes costeiros. Por conter representantes de fauna e flora originárias do continente pré-histórico de Gondwana é que o local foi considerado patrimônio da humanidade.
Os visitantes têm oportunidade de fazer voos panorâmicos para obter uma perspectiva geral desse cenário único, safáris de barco a jato no rio para chegar a áreas remotas de forma empolgante e informativa e inúmeras opções de caminhada para apreciar vales arborizados ou altas montanhas.
É nesta região também que se encontram os glaciares Fox e Franz Josef e o fiorde Milford Sound, com cachoeiras de águas cristalinas e visita constante de golfinhos, focas e pinguins. Os visitantes têm oportunidade de fazer voos panorâmicos para obter uma perspectiva geral desse cenário único, safáris de barco a jato no rio para chegar a áreas remotas de forma empolgante e informativa e inúmeras opções de caminhada para apreciar vales arborizados ou altas montanhas. É nesta região também que se encontram os glaciares Fox e Franz Josef e o fiorde Milford Sound, com cachoeiras de águas cristalinas e visita constante de golfinhos, focas e pinguins.
Ilhas Subantárticas
O conjunto de cinco remotas ilhas no sul do país é o lar de algumas das vidas selvagens mais abundantes e únicas do planeta, incluindo espécies de pássaros, plantas e invertebrados. É isso que faz das Ilhas Subantárticas um patrimônio da humanidade desde 1998. Juntas, as ilhas Bounty, Antipodes, Snares, Auckland e Campbell abrigam 126 espécies de pássaros, incluindo cinco aves marinhas que não se reproduzem em nenhum outro lugar do mundo.
A região é tão importante, que há uma restrição no número de visitantes por ano. Conhecer essas ilhas é um privilégio e representa também a responsabilidade de garantir que os ecossistemas ali existentes permaneçam inalterados. Os turistas podem chegar às ilhas por meio de expedições guiadas em embarcações especialmente construídas para esse fim.