A hipertensão é um dos maiores problemas de saúde no mundo. Essa doença crônica é marcada pelo aumento dos níveis de pressão sanguínea nas artérias, que força o coração a fazer maior esforço para bombear o sangue pelos vasos sanguíneos. Além disso, a doença pode afetar outros órgãos vitais.
Especialistas afirmam que os rins podem ser comprometidos pela hipertensão arterial, chegando à insuficiência renal. E é uma relação de mão dupla: se a função renal estiver com problemas, pode levar ao aumento da pressão arterial. Em ambos os casos, há outro fator que agrava: a hipertensão e os problemas renais costumam ser silenciosos no início e só manifestar sintomas quando já instalados com certa gravidade.
O ideal é manter coração e rins funcionando da melhor forma. Isso exige que a pessoa sempre cuide da saúde, com atitudes no dia a dia e acompanhamento por exames de rotina, que podem indicar alterações.
Sintomas e causas
A aferição da pressão é feita por meio de duas medidas: a sistólica ou máxima, observada durante a contração do músculo cardíaco, e a diastólica ou mínima, durante o relaxamento do músculo. A referência para uma pessoa ser considerada hipertensa é pressão arterial superior a 14 por 9.
Em mais de 30% dos casos, não há sintomas de pressão alta na fase inicial. Portanto, para descobrir a hipertensão, há necessidade de aferi-la regularmente. No restante dos casos, alguns dos sinais podem ser dor de cabeça, cansaço e tontura, que também são sintomas de outros problemas de saúde.
Quem apresenta pressão alta e sem controle por muito tempo vai minando o sistema vascular. Como o que impacta o coração também afeta os rins, as artérias e arteríolas renais também são muito atingidas pela pressão arterial alta. Elas podem sofrer alterações que levam à perda progressiva da função excretora do excesso de volume e de substâncias resultantes do metabolismo. Essa falha na função renal também contribui para aumentar a pressão arterial.
Os fatores que desencadeiam a hipertensão – e também podem causar problemas renais – incluem genética, sedentarismo, obesidade, colesterol alto e má alimentação. Costumam ser mais comum em pessoas mais velhas. Tabagismo, diabetes, excesso de estresse, de consumo de sal e de bebida alcóolica agravam a situação.
Diagnóstico
Por rotina ou para investigar suspeita de problema renal desencadeado ou agravado pela hipertensão, o clínico geral pode solicitar inicialmente a dosagem da creatinina no sangue e o exame de urina tipo 1.
Se os níveis de creatinina estiverem aumentados, há problema na eliminação pela urina, ou seja, algo errado no funcionamento dos rins. Já o exame de urina tipo 1 aponta se há perda da proteína albumina na urina, algo que não deve ocorrer. Se houver, é indício de algo irregular.
Outros exames inicialmente solicitados são os de imagem, como a ultrassonografia de abdome total. Ela pode detectar o estado das artérias, mostrando como está a irrigação dos rins e se há alguma alteração no fluxo sanguíneo para ele.
Tratamento e prevenção
Remédios para a hipertensão arterial e os específicos para estabilizar a função renal são prescritos conforme a necessidade do paciente. Se for o caso, também será indicado tratamento para controlar as doenças relacionadas, como diabetes, obesidade e o colesterol alto.
Tratar e especialmente prevenir a hipertensão arterial e a possível consequência para os rins passam pela mudança de hábitos, como adotar uma alimentação balanceada, com redução no consumo de sal e de alimentos gordurosos. Também recomenda-se melhorar a hidratação, bebendo mais água e praticar exercícios físicos regularmente. O cigarro deve ser abandonado, assim como ingerir bebidas alcóolicas em excesso.
fonte: Rede D’Or São Luiz