Metaverso… Com certeza nos últimos tempos você ouviu esse termo e pode não ter entendido do que as pessoas estão falando tanto. É algo novo, diferente e disruptivo. O metaverso é uma nova realidade que chega para ficar e está impactando a forma com que as empresas têm pensado no futuro dos negócios.
Afinal, como um mundo totalmente virtual, que replica o mundo físico de forma realista, com uma experiência imersiva e surpreendente vai mudar a forma com que nos relacionamos e como gerimos nossos negócios?
Há quem diga que agora vamos viver num mundo tridimensional, no qual não teremos apenas um universo binário de físico e virtual, mas algo que faz a intersecção entre os dois mundos. A terceira dimensão, um outro lugar que passaremos a ocupar. E com isso, também um terceiro canal de vendas. Isso muda tudo no varejo e também para as redes de franquia.
Com essas interações multidimensionais as oportunidades passam a ser quase que infinitas. Imagine oferecer a experiência de uma loja física para mercados em que não há potencial de implantação de lojas? E não, isso não é oferecido pelo e-commerce – uma abordagem fria, sem conexão e simplesmente transacional. No metaverso, as empresas conseguirão oferecer conexão real, interações pessoais sem barreiras geográficas.
Para a expansão de redes de franquias, o metaverso também traz possibilidades muito interessantes: imagine colocar os candidatos em contato com a realidade da operação sem sair do lugar, por exemplo. Fazê-los sentir a vivência do negócio antes mesmo da rede e do candidato se comprometerem contratualmente – e melhor, sem os custos de fazer isso no mundo físico, mas sem perder o contato com a realidade. Isso passa também pela capacitação das equipes, transformando o treinamento em uma experiência realmente imersiva no conceito e que pode também incluir doses de gamificação com recompensas e fases para evolução no processo.
Ainda no contexto das expansões, já pensou em vender uma franquia no metaverso? Os territórios se ampliam de forma exponencial (a revolução no real estate será gigante). Já temos exemplos de marcas que vendem produtos virtuais com investimentos reais – roupas, acessórios e até mesmo casas já passaram a ser vendidas no metaverso, e porque não franquias?
E não podemos esquecer dele que é o centro de tudo: o consumidor. Chegaremos na era do Direct to avatar commerce, ou seja, no metaverso o consumidor pode ser quem ele quiser. A construção dos avatares e suas características construídas conforme os desejos individuais vai suprir as necessidades aspiracionais provocadas pelas redes sociais e dos mais diversos lifestyles que são exibidos nas redes. Então, a complexidade do relacionamento com o consumidor passa a ir além. Como lidar com um perfil de consumidor no mundo físico e outro perfil no virtual? Tudo indica que iremos descobrir muito em breve.
Lyana Bittencourt, CEO do Grupo Bittencourt – consultoria especializada em desenvolvimento, expansão e gestão de redes de franquias e negócios