De acordo com o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística , atualmente, a obesidade infantil atinge 15% das crianças brasileiras com idade entre cinco e nove anos.
Desse modo, observar os filhos, desde hábitos alimentares, preferências e estimular um ambiente saudável e com moderações, é essencial para promover a qualidade de vida dos pequenos.
De acordo com a coordenadora de nutrição e dietética do São Cristóvão Saúde, Cintya Bassi, os principais riscos de obesidade na infância são hipertensão e hipercolesterolemia, doenças já associadas à obesidade no adulto, além de resistência à insulina, que têm sido cada vez mais frequentes em crianças. Outros fatores, como problemas ortopédicos, respiratórios e dermatites, também costumam se manifestar com maior frequência em crianças obesas, afirma.
Segundo ela, a maneira mais simples de avaliar o ganho de peso excessivo é através da observação dos pais e responsáveis. “Esse ganho de peso deve ser acompanhado de aumento de estatura e aceleração da idade óssea. Porém, quando o peso continua a aumentar e os outros fatores desaceleraram, é o momento de intervir.” Para isso, o IMC (índice de massa corporal) é bastante eficaz para indicar o estado nutricional, lembrando que os parâmetros utilizados para crianças são diferentes dos que são utilizados para adultos.
Educação alimentar, desde cedo
Hoje, devido ao grande número de crianças diagnosticadas como obesas, a preocupação dos pais deve iniciar durante a gestação, com a saúde da mãe, e seguir por toda a infância.
“O aleitamento materno é um fator de proteção contra a obesidade; em contrapartida, o descontrole sobre a saciedade, que muitas vezes tem início com a insistência dos pais para que a criança ‘coma tudo’, mesmo demonstrando que está satisfeita, é um fator desencadeante do problema”, exemplifica Cintya.
Desse modo, alguns hábitos saudáveis devem ser instituídos:
• Realizar ao menos 5 refeições diárias;
• Evitar sobrecarga em determinada refeição, especialmente no jantar;
• Adaptar-se a uma variedade grande de alimentos e preparações;
• Evitar líquidos calóricos e de baixo valor nutricional, como refrigerantes e bebidas açucaradas;
• Oferecer lanches e refeições saudáveis para toda a família.
Além disso, a profissional finaliza com algumas ações práticas para adequação do cardápio infantil: “Substituir leites e derivados integrais pela versão semidesnatado; preferir queijos magros; garantir o consumo de hortaliças e frutas em todas as refeições; reduzir a porção de alimentos; evitar alimentos ricos em gordura, açúcares e de alto valor calórico; evitar fast food e incentivar a atividade física”.
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