O infarto segue entre as principais causas de mortes no Brasil. Segundo os dados da Central de Informações do Registro Civil (CRC Nacional), disponíveis no Portal da Transparência, a doença foi a causa de 5.840 óbitos, sendo de 3.453 homens e de 2.383 mulheres até 1º de fevereiro de 2021. Em todo o ano de 2020, 93.652 morreram pelo mesmo motivo: 55.271 homens e 38.328 mulheres.
Uma pessoa pode sofrer um infarto agudo do miocárdio quando há algum bloqueio no fluxo sanguíneo para o coração, geralmente causado por placas de gordura e outras substâncias nas paredes das artérias e de vasos que levem ao órgão. Sem sangue, a artéria fica sem oxigênio e morre. Isso impede que o órgão funcione por algum tempo, causando necrose de parte do tecido do coração ou dano irreversível, podendo ser fatal para a pessoa.
De acordo com os especialistas em cardiologia, o infarto costuma ser o fim de um processo de desgaste das artérias. Homens com mais de 45 anos e mulheres com mais de 55 estão mais vulneráveis a passar pelo problema.
Além de se cuidar e prevenir, é importante reconhecer quando pode estar havendo um infarto e, assim, obter o socorro mais rapidamente possível.
Como reconhecer um infarto
Os sinais mais comuns do infarto são a dor – leve ou aguda – no peito e dor que irradia do peito para outros lugares do corpo, geralmente braço esquerdo, pescoço e mandíbula.
Outros sintomas são as sensações de compressão no peito por mais de 30 minutos e de queimação no peito similar à da azia. A pessoa pode desmaiar ou reclamar de tontura, ficar pálida, ter vômitos, palpitações e falta de ar, além de suar frio, ter ansiedade, agitação ou sonolência.
Mulheres geralmente se queixam de uma dor no peito similar a agulhadas ou pequenas facadas. Pessoas diabéticas ou idosas podem sentir falta de ar, sem apresentar outro sintoma.
Sinais pouco comuns, mas também relacionados ao infarto são enjoo, mal-estar geral, cansaço excessivo, sem causa aparente, e dor no abdome, semelhante à gastrite ou esofagite de refluxo.
Diante de sintomas, é recomendado fazer uso de aspirina ou outro medicamento com o mesmo efeito caso a pessoa seja alérgica. Imediantamente, deve-se solicitar o atendimento de uma equipe de emergência ou levar o paciente para um hospital.
Diagnóstico e tratamento
No hospital, será realizado um eletrocardiograma (EGC) para verificar se houve ataque cardíaco e qual o tipo específico, o que orienta o atendimento imediato. Para complementar, são feitos exames de sangue para checar as doses de enzimas que surgem após a lesão cardíaca, quando é solicitada a dosagem de CPK para avaliar o infarto, junto com outros marcadores, principalmente, como a mioglobina e a troponina.
Dependendo do tipo do infarto, pode ser necessário o cateterismo para acessar as artérias com circulação interrompida. Logo em seguida, a angioplastia coronária é realizada para desobstruí-la. Os procedimentos são pouco invasivos e com histórico de resultados positivos.
Também conforme a situação, pode ser necessário o implante de um stent ou uma cirurgia de “safena”, que é a revascularização do miocárdio, para salvar o paciente.