Mudanças que levariam anos para serem implantadas, levaram apenas meses com a pandemia, em um piscar de olhos tudo mudou. Pessoas de todas as idades tiveram que se adaptar de repente e sem questionamentos. A vida mudou de uma hora para outra e com toda essa transformação, nasceram novos hábitos.
A psicóloga Célia Siqueira explica que grande parte do cenário atual será mantido, principalmente da área tecnológica e comportamental. Infelizmente também, marcas que surgiram com a pandemia poderão permanecer por muito tempo, como a ansiedade, estresse, insônia, depressão, síndrome do pânico e até sequelas cognitivas.
“Com o término da pandemia, existe a possibilidade de algumas pessoas continuarem com medo, mantendo uma rotina muito parecida com a atual. Esse perfil normalmente, é de pessoas que desenvolveram algum trauma na quarentena ou perderam alguém para doença. Elas provavelmente poderão optar pelo distanciamento, não se envolverem em questões amorosas, não saírem de casa para lazer, fazer compras on-line e realizar consultas a partir da telemedicina”, diz Célia.
Existe também o oposto, aqueles que estarão abertos às novas experiências. Sofreram com o isolamento e querem compensar o tempo perdido de uma só vez. O grande perigo de pessoas com essa intensidade é a forma como lidará com as circunstancias, pois essa vivacidade pode levar ao exagero nas atitudes, expectativas e comportamentos negativos.
Segundo a Célia, depois de muito tempo isolado, algumas ações podem causar frustações, problemas de autoestima e sentimento de culpa, então a dica é manter o equilíbrio pós-pandemia, não exagerar e nem se privar totalmente.