Cinco dicas para organizar as finanças pessoais

Começo de ano é sempre um período para repensar metas e reorganizar a vida. Entre elas estão as finanças pessoais, item básico e fundamental para viver bem e evitar o endividamento.

“Muitas vezes, as pessoas não entendem por que as contas nunca ‘fecham’ ou por que vivem no ‘vermelho’. A explicação  é  muito simples: falta apenas planejamento financeiro. Hoje, é possível afirmar que a maioria dos brasileiros não têm controle do seu orçamento doméstico e poucos fazem investimentos por medo e até mesmo, por desconhecimento”, explica o consultor financeiro e gerente de agência da Sicredi Iguaçu, Carlos Liberato.

Para facilitar essa organização, o consultor preparou cinco dicas infalíveis e fáceis de serem cumpridas. Veja:

1 – Faça uma planilha e use a regra 50/30/20

Crie o hábito de anotar seus gastos sempre! Tenha uma planilha com sua renda fixa e planeje-os de forma inteligente. “Nessa hora, é necessário ser realista quanto ao valor da sua renda e o que você pode gastar, sempre estipulando um valor que corresponde à realidade da sua média de despesas atual, e não uma meta do que você gostaria de estar gastando”, orienta.

Atualmente, segundo estudo feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), mais da metade dos brasileiros – aproximadamente seis em cada 10 – não têm controle de suas finanças. A falta de planejamento financeiro é um dos principais motivos de endividamento das famílias brasileiras. “O que é essencial e o que é supérfluo no meu dia a dia? Investir ou quitar dívidas antes? Esses são questionamentos que sempre aparecem na hora de fazer um planejamento de gastos e despesas”, diz.

Por isso existem algumas regras básicas que podem ajudar muito nessa organização, como a regra 50/30/20, um modelo simples e eficaz que facilita o orçamento familiar. “Sempre que receber sua renda, tente dividir da seguinte forma: 50% devem sempre ser utilizados para bancar os chamados gastos fixos e essenciais para a sobrevivência.  Entre elas, podemos citar moradia (aluguel, condomínio, IPTU); contas de luz, água, internet, telefone; alimentação; e transporte. Os outros 30% devem ser usados para despesas pessoais (beleza, roupas); viagens; cinema e teatro; restaurantes; TV a cabo; e outras assinaturas. E por fim, 20% para investimentos e dívidas. Aqui está uma das mais importantes, porém, a mais esquecida na hora de controlar os gastos. Esse valor deve ser destinado primeiro para quitar dívidas e só depois para investimentos a curto e longo prazo, para uma reserva de emergência”, destaca.

2 – Renegocie dívidas

Hoje, a maioria dos brasileiros vive no limite do orçamento e isso acarreta inúmeros problemas, como o endividamento. “Lidar com dinheiro exige, além de disciplina, muita organização, equilíbrio e controle, então, se você está endividado, o ideal é que se pague primeiro. Procure quitar todas as dívidas antes de investir ou fazer novas dívidas. Se a sua renda não cobre todas as pendências, tente negociá-las de forma inteligente, sem comprometer seus gastos essenciais. Por exemplo, se existem muitas dívidas, o ideal é reduzir os gastos que têm com o estilo de vida e aumentar as economias aqui. Corte os supérfluos até se pagar”, ressalta.

3 – Economize sempre!

“Sabe aquela TV por assinatura que você nunca assiste? A academia que deixou de ir? Reflita sobre a real necessidade de manter esses serviços. Cancelados, poderiam estar gerando economia. Evitar o desperdício de dinheiro é um passo importante para ter um planejamento financeiro de verdade”, aconselha.

A dica é ficar atento em tudo aquilo que você paga mas não usa, ou então, naqueles gastos que poderiam ser revistos e que teriam opções mais baratas. Por exemplo: fazer pesquisas de preços, escolher promoções nos supermercados, rever assinaturas de telefonia e outras. São dicas simples e que fazem diferença no final do mês.

4 – Escolha cooperativas de crédito

Hoje existem diversas opções mais inteligentes, acessíveis e baratas para você abrir sua conta bancária. “Boas práticas em finanças pessoais passam por escolhas de parceiros que lhe oferecem também melhores oportunidades e custos menores. Cooperativas de crédito possibilitam juros e taxas mais baixos, atendimentos personalizados e você ainda tem participação nos lucros. Então, repense essas escolhas e se informe melhor para economizar também nos serviços financeiros”, destaca.

5 – Se sobrar dinheiro, invista!

Tenha sempre uma reserva de emergência! Para isso, basta organização. “Hoje, existem diversas formas de investir seu dinheiro; se você nunca investiu, procure investimentos com menos risco envolvido. Existem alternativas que vão desde produtos financeiros de renda fixa, passando pelos fundos de renda fixa e variável, como o fundo de inflação e os fundos multimercado, até opções para perfis mais arrojados, com os quais é necessário possuir uma visão de médio e longo prazos”, explica.

O especialista ainda lembra que o mais importante para quem está começando a investir é buscar informações adequadas para evitar ilusões e alguns mitos. “Os investimentos ainda são uma novidade para muitas pessoas. Por isso, é comum a gente ouvir dúvidas que refletem alguns mitos que ainda cercam o tema. Buscar uma instituição financeira confiável e a ajuda de um especialista são medidas essenciais para fazer as escolhas certas e alcançar a melhor rentabilidade”, conclui.

 

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