O uso “off label” de medicamentos faz parte da história e da evolução da medicina…
O uso de drogas para o tratamento, isolado ou consorciado, de outras moléstias inicialmente não previstas é reconhecidamente um avanço da medicina, da ação de médicos vocacionados que não freiam a missão médica. Na oncologia, por exemplo, o uso “off label” de medicamentos é rotina, e, muita vez, a negação inicial se torna protocolo médico. Recomendo aprofundamento e pesquisa sobre o tema.
A ivermectina, por exemplo, tem o uso disseminado nos países da Africa para o combate da cegueira causada pela “mosca negra”. Notou-se, apesar das condições sócio-economicas-culturais adversas, que o índice de contaminação pela covid-19, nos grupos tratados regularmente com ivermectina, se mostrou proporcionalmente menor que aqueles conhecidos da cidade de Nova Iorque (EUA).
No presídio de ALCAÇUZ, no RN, com 1700 presos amontoados, muitos idosos e/ou com comorbidades, inclusive HIV, o tratamento precoce resultou em pouco mais de 200 contaminações e nenhuma morte. Parece relevante…
Cidades como Porto Feliz-SP, Porto Seguro BA, dentre outras, adotaram o tratamento precoce, inclusive a ivermectina antes de qualquer sintoma, e apresentam resultados animadores, com menor número de contágios e número de mortes reduzidissimo . Logo, como a ciência se faz também por experiências, observação e resultados, considerando, ademais, que a ivermectina e a cloroquina são drogas há muito conhecidas e testadas, com risco perto do zero aos pacientes que delas se utilizam mediante supervisão médica, talvez tenha chegado a hora dos médicos céticos, descrentes, buscarem auxiliar os contaminados, no início do contágio pela covid-19, dando-lhes a opção do uso “off label” desses medicamentos conhecidos.
É o que penso!!!
Aderbal da Cunha Bergo é advogado e ex-presidente da OAB Campinas.