Uso prolongado de máscaras exige cuidado com a pele

Um ano após o início da pandemia, a máscara tem sido usada como barreira de proteção, evitando o contato das gotículas expelidas pelas pessoas ao tossir, espirrar e até mesmo durante as conversas. Cirúrgica ou de tecido, ela tem sido um acessório para a proteção contra a doença, mas seu uso prolongado pode causar problemas para a pele do rosto. “A utilização de máscara por diversas horas pode provocar lesões na superfície da pele por falta de ventilação e atrito e agravar doenças dermatológicas”, explica a médica dermatologista Flávia Villela.

Segundo ela, dentre as principais ocorrências estão a dermatite de contato e doenças dermatológicas preexistentes como acne, rosácea e dermatite seborreica. “Com o bloqueio da passagem de ar, as glândulas sebáceas se tornam mais atuantes, deixando a pele oleosa”, informa.

Flávia destaca alguns cuidados que podem ajudar, como a troca da máscara a cada três horas, evitando o acúmulo de impurezas; o uso de máscaras de tecido, principalmente de algodão, que permitem que a pele respire melhor; máscaras do tamanho correto do rosto para evitar marcas e machucados; além de modelos de tecido que possam ser lavados diariamente e ou descartados após o uso.

A limpeza e hidratação da pele do rosto também ajudam na prevenção. A recomendação é que a higienização do rosto seja feita pelo menos duas vezes ao dia, com sabonete líquido de pH neutro e que os produtos usados para a hidratação contenham ingredientes calmantes e sem fragrância. “Evite colocar a máscara sobre lesões de pele, eczema ou hiperemia, sem o devido tratamento prévio. Ao sinal de qualquer lesão ou inflamação, é importante que o médico seja consultado”, orienta Flávia.