5 passos para um desfralde mais fácil

A retirada da fralda é um desafio dos pais de crianças entre 2 e 3 anos no verão. Mas o que nem toda mãe imagina é que a retirada da fralda precisa seguir algumas etapas para ocorrer com maior fluidez. A terapeuta ocupacional Syomara Smidiziuk, ensina um processo para dar mais segurança às famílias. Confira:

1 –     A criança está preparada? Manifesta certo controle corporal, como pular com os dois pés? Avisa quando a fralda está suja? Para retirar a fralda, é preciso deixar de tratá-la como um bebê. Ela ainda toma mamadeira, dorme no berço e toma banho de banheira, por exemplo? Quem sabe é hora de mudar os hábitos.

2 –    Se a criança está pronta, é hora de tirar a fralda de uma vez. Se usar um pouco e tirar um pouco, ela não aprenderá a segurar e pedir para ir ao banheiro. Uma dica é observar os horários em que a criança faz as necessidades e antecipar a ida ao banheiro.

3 –     Não deixe a criança tempo demais no vaso ou penico, esperando “ter vontade”. No máximo cinco minutos. Se necessário, faça massagem na barriga para ajudar.

4 –     Use um apoio para os pés. Ela vai se sentir mais segura.

5 –     Outra sugestão é adotar uma recompensa exclusiva para a ida ao banheiro e manter as fraldas somente para dormir ou sair de casa.

“Não use o banheiro como uma brincadeira; não pergunte se ela quer ir, apenas conduza”, sugere Syomara. Ela enfatiza a importância da persistência, lembrando que os escapes são normais e parte do processo. “O prêmio é a independência e maior conforto para a família toda”, afirma.

Inclusão

“Nos casos de dificuldade de comunicação, use gestos, sinais ou fotos”, ensina Syomara. É importante certificar-se que não existe uma explicação médica para a dificuldade na retirada, como o comprometimento da bexiga.

As maiores dificuldades enfrentadas pelas crianças autistas durante o desfralde costumam envolver quatro áreas: linguagem (entender o estímulo do adulto relacionado à ida ao banheiro); vestuário (demora ou incapacidade de retirar as roupas); o próprio medo de se sentar no vaso ou do barulho da descarga; e o conhecimento do corpo (ele pode não perceber a roupa molhada).

“Toda criança é capaz de sair das fraldas, desde que não haja uma patologia urológica”, assegura a terapeuta. Além da independência proporcionada à criança ou adolescente, o desfralde previne casos de infecção urinária, mau cheiro e o desconforto do paciente. Outra vantagem é a menor quantidade de laxante necessário para o bom funcionamento do organismo.

“Em geral, o processo tem muito mais a ver com a organização familiar do que com um mau funcionamento do corpo”, explica. As famílias que necessitarem podem contar com o auxílio da terapia ocupacional nessa importante transição.