Quando montar a árvore de Natal e o presépio?

Com a chegada do Natal, os lares começam a se enfeitar com temas festivos em preparação para celebrar, no dia 25 de dezembro, o nascimento de Jesus Cristo.

Além da árvore de Natal, é comum montar o presépio, representando um momento significativo no cristianismo e servindo como uma forma lúdica de introduzir o tema às crianças. Criado por São Francisco de Assis há 800 anos, o presépio é a representação do nascimento do menino Jesus.

Há, no entanto, um dia certo para montar cada parte dessa celebração. A árvore de Natal deve ser enfeitada no primeiro domingo do advento, que em 2023 é no dia 3 de dezembro. O advento representa o período de preparação para o nascimento de Jesus, que dura quatro semanas.

Para o coordenador da pastoral do Colégio Marista paranaense, Jean Marcos Gregol Gwiazdecki, preparar a árvore de Natal representa as qualidades que devem ser buscadas e exercidas: a bondade, a paz, o amor e a compreensão. “Iluminar a árvore é como buscar a iluminação em nossa vida”, explica.

Já a data de montagem do presépio pode variar. O cenário pode ser montado aos poucos, junto com a árvore, ou pode ser montado no terceiro domingo do Advento, no dia 17 de dezembro. A data é marcada pelo Evangelho da anunciação que o anjo Gabriel realiza à Maria, explica Jean.

História e significado

O primeiro presépio foi montado em 1223, por São Francisco de Assis, para relembrar o verdadeiro significado do Natal. Em uma gruta na Itália, ele recriou o ambiente com pessoas e animais reais para que as pessoas pudessem vivenciar o momento de nascimento de Jesus novamente.

Em casa, os presépios podem ser montados utilizando materiais simples e naturais. “É possível reunir a família para esse momento, muitos utilizam musgos, criam uma base de terra ou de areia, essa atividade também contribui e fortalece para a memória e os laços familiares”, revela Cristiane Dalagrana, coordenadora da pastoral do Marista Escola Social Curitiba.

Personagens que compõem o presépio

O Menino Jesus é o filho de Deus, que se fez homem para dar sua vida pela humanidade. Simboliza a luz do mundo e a esperança trazida pelo Salvador. Ele é o protagonista da cena, irradiando a mensagem central do Natal.

Maria, por ser digna, foi escolhida para ser mãe de Jesus, é aquela que disse sim à vontade de Deus. Representa a pureza e a humildade. Sua presença destaca a importância do papel materno na história da redenção, enquanto sua atitude tranquila e serena simboliza a aceitação do plano divino.

José, pai adotivo de Jesus, é símbolo na fé, amor e doação. O esposo de Maria é o protetor da Sagrada Família. Sua presença destaca a importância da paternidade responsável e solidariedade, servindo como exemplo de força e dedicação.

Os pastores representam a humanidade, a humildade e a busca pela presença de Deus. Simbolizam que a mensagem do Natal é para todos, independentemente da posição social.

Os animais do estábulo representam a simplicidade, a natureza e o serviço do homem e de Deus.

A estrela significa a luz de Deus que guia os homens ao encontro do Salvador.

O anjo é o mensageiro de Deus, comunicador da boa notícia, representa o céu que celebra o nascimento de Jesus.

Os Reis Magos, ofertantes de Sabedoria, Ouro, Incenso e Mirra, representam as diferentes etnias e culturas, com presentes simbólicos. O ouro representa a realeza de Jesus, o incenso simboliza sua divindade, e a mirra aponta para a humanidade e sacrifício.

A árvore de Natal é sinal de vida, que em Jesus ganha frutos de bondade, de fé, de amor, de esperança, de transformação pessoal e comunitária. É carregada de símbolos, como as luzes – que nos recordam a verdadeira Luz; da Estrela – que nos conduz à Jesus, como conduziu os pastores; e dos presentes – reconhecendo em Cristo a sua realeza (que se torna serviço), a sua divindade e humanidade. A árvore é também oportunidade de estar em família, montar juntos, como sinal de encontro.

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